sábado, março 17, 2012

horas mascaradas…




deixo a solidão acordada, vagarosamente sinto-me vestida da tua pele.

no teu olhar a máscara das horas,

a cumplicidade de um mar,

as nossas vozes envelhecidas, numa paixão desgastada

num dia

ficou o deserto,

a loucura…

uma sede roubada,

um não, sem sentido.

já não há palavras sem medos,

ou até um corpo com raízes de afetos…

os espaços estão vazios

na duplicidade insegura

ficou a ilusão do mar, sem navegar em nós!

helena maltez

rosto...

  rosto em silabas as artérias estão vazias dentro de mim. escuto gritos sucessivos e a sede é abandono em dias inúteis. o tempo é...